Um tratamento inédito no cenário da doença inicial, a imunoterapia é utilizada para estimular o sistema imunológico contra as células tumorais e é a mais nova arma para pacientes com câncer triplo negativo.
Aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) o tratamento ainda aguarda indicação em bula para uso na doença inicial para ser liberado no Brasil. O pembrolizumabe é um anticorpo monoclonal que age em uma proteína específica, chamada Programmed Cell Death Protein 1 (PD-1), que em combinação com quimioterapia vai potencializar o tratamento.
Em dez/2021 foi apresentado uma atualização do estudo de fase 3 KEYNOTE-522 para avaliar a eficácia e segurança ao se introduzir a imunoterapia com pembrolizumabe junto com quimioterapia antes da cirurgia (neoadjuvante) e após a cirurgia (adjuvante) em pacientes com câncer de mama triplo negativo inicial.
Este estudo demonstrou que a imunoterapia com pembrolizumabe trouxe maior taxa de resposta Patologica completa (64,8% vs 51,2%) e maior sobrevida livre de doença (84,5% vs 76,8%) quando comparado à quimioterapia padrão isolada.
Novas perspectivas para os pacientes e profissionais que lutam diariamente contra o câncer de mama!
Câncer de Mama
O câncer de mama representa hoje 28% dos novos casos de câncer por ano no nosso país, sendo o segundo tipo de neoplasia mais incidente entre as mulheres.
O grupo de pacientes com a doença que expressa receptores hormonais (HR+/HER2-), é o mais prevalente – representando aproximadamente 70% dos casos. O grupo de pacientes HER2+ e o grupo chamado de triplo negativo (HR-/HER2-), representam respectivamente cerca de 20% e 15% das pacientes com este tipo de câncer.
Esse último, o triplo negativo (CMTN,) difere de outros tipos de câncer de mama pois crescem e se espalham mais rapidamente, além de ter opções de tratamento limitadas e pior prognóstico