Que a prática de atividade física e uma alimentação balanceada faz bem para a saúde não é novidade para ninguém. Mas sabia que a falta delas pode gerar um gasto de 2,5 bilhões para os cofres públicos em 2030? Esses gastos estão relacionados a procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos((mama, colorretal e endométrio) com 30 anos ou mais.
Esses dados foram divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) em um seminário no mês passado. O tema na ocasião foi “Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS”. Foram também apresentados dados sobre o custo econômico da inatividade física e de outras exposições (como o consumo de bebida alcoólica, o excesso de peso corporal e o não aleitamento materno) no tratamento de câncer, observados pela Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA.
O Ministério da Saúde lançou recentemente o Guia de Atividade Física para a População Brasileira e reconheceu a importância de tornar a atividade física uma política de Estado, a partir da criação e fortalecimento de políticas públicas estruturantes e baseadas em evidências.
Essa realidade só será diferente com mudanças e ações conjuntas. Somente o aumento da prática de atividades físicas pode gerar uma economia de até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer em 2040. Para isso, cerca de um terço da população brasileira precisa realizar ao menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, até 2030.
Um desafio gigantesco, mas que precisa começar de alguma forma. E que bom que instituições e órgãos públicos já manifestaram e que estão se movimentando para isso. Com certeza não será apenas um benefício relacionado ao câncer, mas da saúde como um todo de toda a população.
Fonte: inca.gov.br